O Teste de Nomeação de Figuras por Escolha (TNF2.1-Escolha) avalia a habilidade de escolher palavras escritas para nomear figuras, e analisa processos quirêmicos, ortográficos e semânticos envolvidos. Foi aplicado a 313 surdos de 6-34 anos, de 1ª. série do Ensino Fundamental a 1ª. do Médio de quatro escolas bilíngües paulistas (dos quais 77% com perda congênita, e 49%, congênita-profunda), junto com TNF1.1-Escolha, e testes de vocabulário receptivo de sinais (TVRSL), competência de leitura de palavras (TCLPP), compreensão de leitura de sentenças (TCLS), nomeação de figuras por escrita (TNF-Escrita), e de sinais por escolha e escrita (TNS-Escolha e TNS-Escrita). Foi gerada tabela normativa de nomeação por série escolar. O TNF2.1-Escolha manteve as seguintes inter-relações positivas significativas: correlação muito alta (r = 0,89) com TNF1.1-Escolha; alta (r = 0,77-0,80) com escrita do nome de figuras (TNF-Escrita) e leitura de sentenças (TCLS), média (r = 0,62-0,68) com nomeação de sinais por escolha e escrita (TNS-Escolha, TNS-Escrita) e competência de leitura (TCLPP); e baixa (r = 0,36) com vocabulário de sinais (TVRSL). De 1.507 paralexias, houve 583 ortográficas, 546 semânticas e 378 quirêmicas. Estas revelam que, ao escolher palavras para nomear figuras, surdos primeiro evocam o sinal da figura e, depois, a palavra do sinal, corroborando a hipótese de que o léxico quirêmico indexa o ortográfico ao pictorial. Corroborando a validade do TNF2.1-Escolha em induzir paralexias, quanto maior a competência de leitura no TCLPP, menos paralexias ortográficas no TNF-Escolha, e quanto maior o vocabulário de sinais no TVRSL, menos paralexias quirêmicas no TNF2.1-Escolha.
The Picture-Print Matching Test (PPMT2.1) assesses the ability of naming pictures by choosing from among written words, and analyzes the cheremic, semantic and orthographic processes involved. The participants were 313 1st-9th grade deaf students, aged 6-34 years, from São Paulo bilingual schools, of which 77% had congenital auditory loss, and 49%, profound congenital loss. Students were exposed to the following tests: PPMT1.1 and 2.1, Receptive Vocabulary Test in Libras (RVTL), Word Reading Competence Test (WRCT), Sentence Reading Test (SRT), Picture Naming by Writing Test (PNWT), Sign Naming by Writing Test (SNWT), and Sign-Print Matching Test (SPMT). A standardization table was generated as a function of grade level PPMT2.1 presented the following significant positive correlations: very high (r = 0,89) with PPMT1.1; high (r = 0,77-0,80) with Picture Naming by Writing (PNWT) and Sentence Reading (SRT); medium (r = 0,62-0,68) with Sign Naming by Writing and Matching (SNWT and SPMT) and Word Reading Competence (WRCT), and low (r = 0,36) with Libras Receptive Vocabulary (RVTL). Out of 1.507 paralexias, 583 were orthographic, 546 were semantic, and 378 were cheremic. The latter revealed that, when matching print to pictures, deaf students first evoke signs to pictures and subsequently words to signs. This corroborates the hypothesis that cheremic lexicon links orthographic and pictorial lexicons. As to paralexias in Picture-Print Matching Test (PPMT2.1), orthographic paralexias were inversely proportional to reading competence (WRCT scores), whereas cheremic paralexias were inversely proportional to Libras Receptive Vocabulary (RVTL scores), which corroborates the validity of PPMT2.1 in inducing orthographic paralexias and cheremic paralexias.