a educação inclusiva depende de um ambiente escolar acolhedor e adequado às necessidades de todos. Assim, as investigações das atitudes sociais na escola e das intervenções para modificá-las são fundamentais. Os objetivos desta pesquisa foram analisar concepções, sentimentos e atitudes de crianças não-deficientes sobre a deficiência mental e a inclusão e avaliar os efeitos de um programa informativo que trata da temática. Participaram do estudo quarenta crianças de duas salas de primeira série de uma escola estadual de Marília-SP. Uma das salas participou como grupo controle. Todas as crianças passaram por um pré e um pós-teste, na forma de entrevistas individuais sobre o tema e de aplicação de uma escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão. O grupo experimental participou do programa informativo, composto por treze encontros semanais, nos quais foram discutidas as limitações e as possibilidades das pessoas com deficiência mental, o atendimento especializado, sua escolarização e aspectos familiares e sociais, utilizando estratégias lúdicas e educacionais variadas. Os dados coletados nas entrevistas foram categorizados e analisados em seu conteúdo. Com a escala, foram obtidos escores individuais. Foram realizados cálculos estatísticos para verificar a significância das diferenças entre os grupos. Neste trabalho são discutidos os dados obtidos com a escala e o cruzamento destes com dados das entrevistas. Os resultados das entrevistas e da escala indicaram diversas mudanças nas atitudes das crianças em relação à inclusão, porém as relações entre vários destes dados não puderam ser afirmadas estatisticamente. Tendo em vista esses resultados, permanece a necessidade de ampliação das pesquisas sobre as relações entre os fenômenos apresentados.
This article presents part of a study that analyzed the concepts, feelings and attitudes of children without disabilities about mental retardation and inclusion and evaluated the effects of an informative program that deals with the issue. The study included forty children from two first grade classrooms in a public school in Marília-SP. One classroom participated as a control group. All children underwent pre and post tests in the form of interviews on the subject and a scale of children's social attitudes towards inclusion was applied. The experimental group participated in the informative program, composed of thirteen weekly meetings, in which the limitations and possibilities of people with mental retardation, specialized care, their schooling and family and social aspects, were discussed, using various educational and recreational strategies. The data collected in the interviews were categorized and content analysis was conducted. With the scale, individual scores were obtained. Statistical calculations were performed to verify the significance of differences between groups. In this paper we discuss the data obtained with the scale which were crossed with interview data. The results of the interviews and the scale indicated several changes in children's attitudes towards inclusion, but relations between many of these data could not be statistically confirmed. These results indicate the importance of expanding the research on the relationship between the phenomena presented.