O uso de drogas vem acontecendo de forma cada vez mais precoce e com substâncias mais nocivas. Pesquisas nesta área procuram identificar os fatores de risco e de proteção, sendo que a família ou, mais especificamente, as práticas educativas parentais, podem atuar como ambos. O presente artigo teve como objetivo principal investigar a percepção das práticas educativas parentais de adolescentes com e sem diagnóstico de dependência química. Participaram da pesquisa 48 adolescentes de ambos os sexos, com idades variando entre 14 e 19 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos (com e sem diagnóstico de dependência química) com 24 participantes cada um. Os dois grupos foram pareados de acordo com gênero, idade e nível socioeconômico. Foram aplicados dois instrumentos: o Questionário de Fatores de Risco para Dependência Química e o Parents' Report. Para a análise estatística foram utilizados o teste do Qui-Quadrado e o teste de Mann-Whitney. Os resultados mostraram que houve diferença significativa entre as percepções dos dois grupos: enquanto as práticas educativas parentais socialmente desejáveis estavam mais associadas aos participantes sem diagnóstico de dependência química, as práticas socialmente indesejáveis estavam mais associadas aos participantes com diagnóstico.
In the adolescence, the use of drugs has been happening at an earlier age and with harder drugs. Researches have tried to identify both risk and protection factors. Adolescents with or without diagnoses of chemical dependence had the perception of parental educative practices investigated in this study. There were 48 participants of both sexes, age variation from 14 to 19. They were divided in two groups: 1) 24 adolescents with diagnoses of dependence, 2) 24 adolescents without diagnosis. Both groups were paired according to gender, age and social-economic status. Two instruments were applied: The Questionnaire of Risk Factors for Chemical Dependence and The Parents' Report. In the statistical analysis were used Chi-Square and the Mann-Whitney tests. Results have shown significant difference between the perceptions of both groups, while practices more indicated socially were associated to adolescents without diagnoses, practices less indicated socially were associated to those with diagnoses.