摘要:OBJETIVO: verificar como é a percepção do espaço na criança com vertigem periférica. MÉTODOS: estudo prospectivo de 18 crianças, com faixa etária de três a 15 anos, sob acompanhamento no Ambulatório de Otorrinolaringologia / Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A percepção espacial foi avaliada por meio de atividade livre (desenho livre) e dirigida (blocos lógicos e teste de Frostig). Das 18 crianças avaliadas, nove constituíram o grupo estudo (diagnóstico de vestibulopatia e queixa de tontura) e nove constituíram o grupo controle (sem história de vestibulopatia e sem queixa de tontura). Foram excluídas crianças que apresentassem comprometimento de Sistema Nervoso Central que interferisse na interpretação da avaliação. Os resultados obtidos foram comparados entre o grupo estudo e controle qualitativamente. RESULTADOS: em relação ao desenho livre, 77,78% das crianças do grupo controle e 55,55% do grupo estudo utilizaram o papel inteiro. Quanto à proporção dos objetos, 100% das crianças do grupo controle e apenas 48,86% das crianças do grupo estudo desenharam com proporção adequada. Nos blocos lógicos, houve maior dificuldade do grupo estudo. No teste de Frostig, foi observada diferença significativa do ponto de vista clínico entre os grupos quanto ao Quociente Perceptual. CONCLUSÃO: as crianças com vestibulopatia, ao desenhar, aproveitaram o papel de forma menos homogênea, com maior dificuldade para desenhar figuras humanas e proporção inadequada entre os objetos. Desta forma, é importante que seja realizado o diagnóstico de vestibulopatia precocemente, para que o tratamento/reabilitação seja iniciado e sintomas, como a desorientação espacial, não influenciem na aprendizagem da criança.
其他摘要:PURPOSE: to check how is the child's spatial perception in vestibular disorder. METHODS: prospective study of 18 children, between 3 and 15-year old, under treatment in Ambulatório de Otorrinolaringologia/Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Space perception was assessed through a free activity (free drawing) and two directed activities: the Frostig test and an adaptation of the Token Test. Of the 18 evaluated children, 09 composed the study group (diagnosed as having a vestibular disorder) and 09 composed the control group (with no history of vestibular disorder or dizziness). Children who showed central nervous system impairments were excluded. RESULTS: in relation to the free drawing, 77.78% of the control group and 55.55% in the study group used the whole sheet of paper provided. Regarding the proportion of the objects, 100% of the control group showed an adequate proportion in their drawings and it was found in 48.86% of the study group. In the adapted Token Test, the study group showed a major difficulty. In the Frostig test, a small difference between the groups in the Perceptual quotient was observed. CONCLUSION: the children with vestibular disorders, while drawing, used the sheet of paper in a less homogeneous way, showing more difficulty to draw human pictures and an inadequate proportion among the drawn objects. In this way, it is important that the vestibular diagnosis should be done the earliest possible in order to anticipate the treatment/rehabilitation. This may prevent the impairment of spatial perception from negatively influencing the learning process.