A questão da utilização de tecnologia administrativa originária de países desenvolvidos por empresas no Brasil pode ser vista sob duas perspectivas: pela perspectiva das empresas locais, que a adotam pressionadas pelo novo contexto competitivo, e pela perspectiva das empresas que se instalam no País e que trazem essas práticas diretamente de suas matrizes. Em ambos os casos, a importação de modelos estrangeiros mostra-se problemática. O objetivo deste artigo é, primeiro, discutir por que ocorre essa importação, depois, mostrar que peculiaridades locais impedem sua implantação como previsto e, por fim, propor e ilustrar um "método antropofágico" de ação para essa importação em países emergentes.
The utilization by organizations in Brazil of managerial technology originated from developed countries can be seen by two perspectives: by the angle of local firms, which adopt foreign administrative models due to pressures of a new competitive context, and by the angle of foreign newcomers, which bring such practices directly from their countries of origin. In both cases, the import of foreign models appears to be troublesome. The objective of this article is, firstly, to discuss why such import occurs; secondly, to show how local characteristics prevent its implementation as planned; and, thirdly, to propose and to illustrate an "anthropophagic ethod" which can be used when importing foreign managerial technology into emerging countries.