O artigo analisa o processo de expansão da educação infantil (creches, pré-escolas e classes de alfabetização) que ocorreu durante o governo Geisel e seus desdobramentos atuais. Utiliza como fontes, dados coletados, sistematizados e divulgados pelo IBGE e SEEC/MEC, além de documentos nacionais e de organismos intergovernamentais (UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância - e UNESCO). Apoiando-se em correntes contemporâneas da Sociologia da Educação, de estudos de gênero e sobre relações raciais, o texto deslinda novos processos de exclusão criados pela política de "democratização"da educação infantil. Conclui refletindo sobre os sentidos de ações afirmativas e políticas para todos como estratégias de democratização da educação infantil.
This article analyzes the process of expanded early childhood education (day care centers, preschools and literacy classes) that took place during the Geisel government, and their present day developments. It utilizes date collected, systematized and disseminated by the IBGE and SEEC/MEC, as well as national documents and those of intergovernmental organizations (UNICEF and UNESCO). Supported in the latest currents of educational Sociology and studies of gender and race relations, the text details new exclusionary processes created by policies to "democratize" early childhood education. It concludes by reflecting on the meaning of affirmative action and policies for everyone as strategies for making early childhood education more democratic.