Esta pesquisa exploratória teve como objetivo captar as percepções de adolescentes matriculados em estabelecimentos educacionais do Distrito Federal sobre as violências nas escolas e nas comunidades. Considerando que a literatura constata que as violências são comuns às escolas públicas e particulares, embora com diferentes ocorrências, o trabalho focalizou em particular as diferenças entre alunos dos dois tipos de escolas. Para tanto foi utilizada a técnica de grupos focais. Os resultados indicam que, embora se confirme a presença de violências nas escolas públicas e particulares, cada uma é tratada de modo diferente, as primeiras apoiando-se, em parte, no trabalho da polícia, e as últimas mantendo controle preventivo de pessoas e seus movimentos. As conclusões remetem às teorias sociológicas conflituais da Sociologia da Educação e ao seu maior poder explicativo. Enfatizam a necessidade de a escola considerar as sociedades dos adolescentes e o seu protagonismo e dinamismo próprios, abrindo os olhos para as mudanças dentro de si e ao seu redor.
This exploratory research project aims to analyse the perceptions of adolescents enrolled in public and private schools of the Federal District on violences in their schools and commnities. As the literature presents evidence that violences are common to both types of institutions, in spite of diverse characteristics, this study focused particularly upon similarities and differences between their students. The study gathered data using focus groups. Results confirm the occurrence of violences, however, both types of schools use different strategies to deal with them. Public schools often expect police support, whereas private ones maintain preventive control of persons and their movements. Conclusions emphasize the greater explanatory power of conflict theories in Sociology of Education, as well as the need of the schools to be aware of changes inside and around them, considering the adolescent societies and their own dynamism and active roles.