O artigo procura pensar um currículo com a diferença, conforme conceituada por Gilles Deleuze, para abalar os extratos dos currículos já formados e experimentar fazer um currículo movimentar-se. Traz, como mote para essa experimentação, linhas de currículos traçadas em uma investigação que cartografou os fazeres curriculares de três professoras que trabalham em três escolas distintas. Utiliza vários conceitos retirados do pensamento da diferença deleuziano para pensar linhas virtuais no território do currículo. Defende a necessidade de pensar o currículo em suas bifurcações, em seus escapes, variações e linhas de fugas. Prioriza a diferença em vez da identidade, e segue as ramificações que surgem desse pensamento. Procura fazer traçados que racham os extratos dos currículos existentes, em seu meio, para ver a diferença fazer o seu trabalho. Experimenta, por fim, fazer a diferença operar para pensar um currículo como território de multiplicidades, somas, desejo, desterritorializações, cultivo de alegrias e afectos.
This paper intends to consider a curriculum with the difference, as conceptualized by Gilles Deleuze, in order to shake the extracts of the already existing curriculums so as to give rise to a new one. It brings, as a means of experimentation, lines traced in an investigation which has mapped out the curriculum of three teachers working in three different schools. Concepts taken from the deleuzian thought on difference are used to establish virtual lines in the territory of the curriculum. The need to consider the curriculum with its bifurcations, escapes, variations and escape lines is defended. Difference is prioritized, as opposed to identity, and the ramifications that emerge from this thought are then followed up on. Its lines and traces aim to break the extracts of the already existing curriculums so as to enable us to observe difference doing its job. Last but not least, it means to operate with difference in such a way that the curriculum may be viewed as a multiple territory of summation, desire, extinction of territorial boundaries as well as cultivation of joys and affections.