O grão de amaranto é geralmente consumido na sua forma integral. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da moagem do grão de amaranto (Amaranthus cruentus) brasileiro na composição química, nutricional, a estabilidade à oxidação e cor da farinha. Os grãos foram pré-condicionados para umidades entre 9,2 e 13,7% e fracionados em moinho para cereais. O aumento da umidade de 9,2 para 13,7% resultou na diminuição progressiva do rendimento da farinha, de 39 para 14%. A farinha refinada (quebra + redução), com 9,2% de umidade, mostrou teores de proteína total de 13,9%, contra 16,2% da farinha integral. O teor de lipídeos totais no amaranto integral (9,2% de umidade) variou de 6,78, para 6,11% na farinha refinada e o teor de fibra nos farelos diminuiu de 3,6 para 3,1%, ao passo que a cor da farinha se tornou mais atraente. Conclui-se que o fracionamento da farinha do grão de amaranto, apesar de produzir uma farinha com melhor aparência e alto teor protéico, apresenta rendimento baixo e não mostra diminuição substancial no teor de óleo da farinha refinada como para garantir uma maior estabilidade à autooxidação.
Grain amaranth is normally consumed whole. The effect of milling on the chemical and nutritional composition, stability to oxidation and color of the flours of the Brazilian grain amaranth (Amaranthus cruentus) has been assessed. Grains of the cv Japônica were pre-conditioned to moistures from 9.2 to 13.7% and fractionated in a cereal mill. Increasing the moisture resulted in a pronounced decrease of flour yield from 39 to 14%. The refined flour (break and reduction fractions combined) of the 9.2% moisture grain showed a total protein content of 13.9%, against the 16.2% of the whole flour, whereas the total lipid content fell from 6.78 to 6.11% with no detectable change in oxidative stability after refining. The fiber content was reduced slightly, from 4.6 to 3.8% for the highest and the lowest moisture contents, respectively, while the lighter color attribute of the flour increased with processing. It is concluded that in spite of the better appearance and high protein content of the refined flour, milling of grain amaranth will result in low yields and that refining will not remove any substantial amounts of oil that would guarantee higher oxidation stability to the flour.