O objetivo do presente trabalho foi a determinação dos níveis de ácido benzóico e ácido sórbico em uma variedade de vinhos e sidras brasileiros, de modo a comparar os valores com os máximos permitidos pela legislação. Um total de 49 amostras (sendo 35 vinhos tintos, 11 vinhos brancos e 3 sidras), disponíveis comercialmente, foram analisadas por CLAE com detector de arranjo de diodos. Apesar do uso de ácido benzóico em vinhos e sidras não ser permitido, esse conservador foi detectado em 3 amostras: 1 vinho e 2 sidras em níveis de 295,6, 424,7 e 608,4 mg.L-1, respectivamente. O ácido sórbico foi detectado em 49% das amostras analisadas com níveis variando de 91,0 a 309,5 mg.L-1. Considerando apenas as amostras nas quais o ácido sórbico foi detectado, o valor médio encontrado foi de 171,2 mg.L-1. Em seis amostras de vinho tinto os níveis de ácido sórbico estavam acima do permitido pela legislação brasileira. Os resultados encontrados no presente trabalho mostram que em algumas amostras, os níveis dos ácidos benzóico e sórbico nos vinhos e sidras analisados, assim como a rotulagem desses produtos não estão de acordo com a legislação vigente no Brasil.
This study determined benzoic and sorbic acid contents in Brazilian wines and ciders in order to verify whether these preservatives are used in accordance with Brazilian regulations. Forty-nine samples of commercially available wines (35 red wines, 11 white wines and 3 ciders) were analyzed by HPLC coupled to a photodiode array detector. Although the use of benzoic acid in wines and ciders is not permitted, this preservative was detected in three samples, one wine and two ciders, which contained benzoic acid levels of 295.6, 424.7 and 608.4 mg.L-1, respectively. Sorbic acid was detected in 49% of the analyzed samples, with levels ranging from 91.0 to 309.5 mg.L-1. Considering only the samples containing sorbic acid, the mean content detected was 171.2 mg.L-1. Six red wine samples presented sorbic acid content above the maximum level allowed by Brazilian regulations. The results showed that, in some cases, the content of benzoic and sorbic acids in wines and ciders, as well as their labels, do not meet current national regulations.