O artigo relata uma pesquisa qualitativa de abordagem sócio-histórica, que teve como objetivo a compreensão de sites construídos por adolescentes, como espaços de leitura/escrita e de subjetivação. A leitura/escrita hipertextual se dinamiza e flexibiliza na e pela linguagem, que trava um diálogo com outras interfaces semióticas, o que origina diversificadas formas de textualidade e gêneros discursivos. A partir da categoria do dialogismo bakhtiniano, compreendemos como o hipertexto digital favorece o diálogo entre textos e entre pessoas. Os adolescentes transitam pelo espaço cibernético, reelaborando vivências próprias de seu cotidiano a partir das práticas discursivas que ali produzem. Discutimos, portanto, como os sites construídos por adolescentes podem estar propiciando, por meio da leitura/escrita digital, novas formas de interação e novas possibilidades para a constituição da sua subjetividade.
The article mentions a qualitative research on socio-historical approach, which has the objective the understanding of sites constructed by teenagers, as spaces for reading/writing and subjectivity. The hyper textual reading/writing becomes dynamic and flexible in and through the language, that links a dialogue with other semiotic interfaces, what originates diversified forms of textuality and discursive genders. As of the Bakhtin's dialogism category, we understand how the digital hypertext favors the dialogue among texts and among people. Teenagers pass through the cyber space, re-elaborating their own existence of their daily lives starting from discursive practices produced there. We discuss however, how the sites constructed by teenagers can be propitiating through digital reading/writing, new ways of interaction and new possibilities for the constitution of their subjectivity.