O artigo discute a questão da compreensão desde a experiência da obra de arte e do jogo como modelos da compreensão em Gadamer. Desde esta perspectiva, tematiza a abertura e o engajamento como aspectos constitutivos da experiência de compreensão do mundo na perspectiva da hermenêutica e explora suas consequências em termos do pertencimento ao ambiente, no sentido de um ambiente-mundo. Propõe, em continuidade com esta abordagem, a noção de paisagem como engajamento e pertencimento ao "corpo do mundo". Para fundamentar este conceito de paisagem, são acionadas a antropologia ecológica de Tim Ingold e a fenomenologia de Merleau-Ponty, que sugerem, cada uma a seu modo, a continuidade na relação humanos/não-humanos. Ao final, são apontados desdobramentos de uma epistemologia compreensiva para a educação ambiental a partir da reflexão sobre uma intervenção educativa de pesquisa-ação em educação ambiental no Vale do Ribeira.
This article argues the question of the understanding since the experience of the work of art and the game as models of the understanding in Gadamer. Since this perspective, discuss the opening and the engagement as constituent aspects of the experience of understanding of the world in the perspective of the hermeneutics and explores its consequences in terms of the belonging to the environment, in the sense of a environment-world. It considers, in continuity with this perspective, the notion of landscape as engagement and belonging to the "body of the world". In order to propose this concept of landscape we use the ecological anthropology of Tim Ingold and the phenomenology of Merleau-Ponty who suggest, each one in its way, the continuity in the relation human and no human beings. Finally, a comprehensive epistemology is pointed out from the reflection on an intervention of research-action in environmental education in the "Vale do Ribeira".