Este artigo focaliza a adaptação transcultural da versão em português do instrumento Conflict Tactics Scales (CTS-1). A equivalência semântica foi avaliada no que diz respeito ao significado referencial dos termos/palavras e a acepção geral de cada item. A equivalência de mensuração entre a versão em português e o instrumento original foi apreciada por meio das propriedades psicométricas, tais como, sua confiabilidade teste-reteste, sua validade de constructo, sua consistência interna e sua estrutura de fatores. Para os diferentes relacionamentos, as concordâncias das mensurações sobre agressão física oscilaram entre moderada e substancial. Os a de Cronbach apresentaram-se elevados para as escalas de agressão física e verbal, e baixos para escala de argumentação. Da mesma forma que no instrumento original, a análise de fatores da versão da CTS-1 identificou três dimensões que representam as escalas de argumentação, de agressão verbal, de agressão física e mais uma subescala de agressão física grave. Ainda que algumas discrepâncias tenham sido notadas, como um todo os resultados sugerem uma adequação do processo de adaptação transcultural da versão da CTS-1 para a língua portuguesa, endossando seu uso na população brasileira.
This paper focuses on the cross-cultural adaptation of the Portuguese version of the Conflict Tactics Scales (CTS-1). Semantic equivalence was evaluated with regard to the referential meaning of words and the general connotative meaning of each item. Measurement equivalence between the Portuguese version and the original instrument was assessed by means of the version's psychometric properties, namely, intra-observer reliability, construct validity, internal consistency, and factor structure. For the different relationships, measurement agreement for physical aggression was moderate to substantial. Cronbach's a's were high for the physical and verbal aggression scales and low for the negotiation scale. As in the original instrument, factor analysis identified three dimensions, representing the negotiation, verbal aggression, and physical aggression scales, plus a severe physical aggression sub-scale. Although some problems still remain, the overall results suggest an adequate process of cross-cultural adaptation of the CTS-1, thus endorsing its use in the Brazilian setting.