O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre tipo de escola, como medida de condição sócio-econômica e a prevalência de cárie em pré-escolares e escolares de Rio Claro, São Paulo, com água fluoretada. Os dados obtidos são secundários e a amostra foi de 888 escolares de 5 a 12 anos dos ensinos público e particular. A experiência de cárie foi medida por meio dos índices ceod e CPOD ¹, além do Índice de Cuidados. Empregou-se os testes qui-quadrado e Mann-Whitney com significância de 5%. Aos cinco anos, o ceod foi de 2,50 e 42,20% não apresentaram experiência de cárie. Aos 12 anos, o CPOD foi de 2,70 e 28,90% estavam livres de cárie. A prevalência de cárie nas crianças de escolas públicas foi maior do que nas particulares, sendo respectivamente de 74,50 e 61,20% (p < 0,0001), assim como os índices ceod e CPOD (p < 0,05). O Índice de Cuidados foi maior nas crianças do ensino particular (71,20%) do que nas do ensino público (52,80%). Encontrou-se uma maior experiência de cárie nos escolares do ensino público e assim a variável tipo de escola foi sensível para discriminar diferentes condições de saúde bucal, sugerindo-se que outras variáveis também sejam avaliadas.
The aim of this study was to verify the relationship between type of school as a measure of socioeconomic conditions and caries prevalence among preschoolers and schoolchildren in Rio Claro, São Paulo State, Brazil, a city with fluoridated water supply. The data were secondary, from a sample of 888 children 5 to 12 years old enrolled in private and public schools. Caries was measured by the dmft and DMFT indices as well as the Care index. Qui-square and Mann-Whitney tests were utilized with 5% significance. In 5-year-old children, mean dmft was 2.50, and 42.20% were caries-free. At age 12, mean DMFT was 2.70 and 28.90% were caries-free. Caries prevalence rates in public schoolchildren as compared to private were 74.50% and 61.20%, respectively (p < 0.0001), and the dmft and DMFT scores were the highest in public schoolchildren (p < 0.05). The Care Index was higher in private schoolchildren (71.20%) as compared to public (52.80%). Highest caries rates were found among public schoolchildren, so the variable type of school proved sensitive for discriminating different oral health conditions; however limitations need to be recognized, suggesting that other variables should be assessed.