Estudo comparativo transversal com usuárias do pré-natal de serviços do SUS em unidades básicas de saúde e módulos de saúde da família (MSF), para determinar diferenças na percepção sobre a qualidade desses serviços, segundo as disposições normativas do Ministério da Saúde para esse programa. Uma amostra de 203 gestantes usuárias da rede básica pública, distribuída por 22 municípios nas cinco regiões do país foi estuda por meio de entrevistas em salas de espera dos serviços. Além de analisar as opiniões das gestantes, busca observar as possíveis vantagens das inovações em atenção familiar em termos de adesão e acesso das usuárias. A aprovação das usuárias ao atendimento recebido em ambos os modelos sugere solidez nas ações de atenção básica. A baixa cobertura de consultas odontológicas (18,9%), preventivos ginecológicos (39,6%) e testes de HIV (52,6%) revelam obstáculos da política. Em termos comparativos, os MSF foram melhor avaliados significativamente quanto à qualidade da última consulta (p = 0,0432), acesso a maternidades (p = 0,0106), vacinação atualizada (p = 0,0023), distribuição de medicamentos (p = 0,0053), determinação de glicemia (p = 0,0309), consulta de enfermagem (p = 0,0469) e visitas domiciliares (p < 0,0001).
This was a comparative cross-sectional study among public prenatal care users in conventional outpatient health services and family health services, aimed at assessing perception and quality differences between the two models of health services organization according to Ministry of Health guidelines. A total of 203 pregnant women from 22 municipalities in five regions of the country were interviewed while waiting for prenatal consultation. Besides soliciting the women's opinions, we checked for possible advantages in innovative family care services in issues like access and commitment. Data revealed approval by users for key aspects related to care and consultation in both types of public facilities and suggest consistent primary care policies. Low coverage in dentistry (18.9%), gynecological preventive tests (39.6%), and HIV tests (52.6%) indicates policy obstacles. Comparatively, family health services received significantly greater approval by women on issues like quality of the last visit (p = 0.0432), maternity hospital access (p = 0.0106), vaccination schedules (p = 0.0023), drug delivery (p = 0.0053), blood glucose tests (p = 0.0309), nursing visit (p = 0.0469), and home visits (p < 0.0001).