Vários fatores vêm sendo estudados com respeito ao estabelecimento de critérios mais seguros que influenciam o prognóstico de pacientes com câncer de mama. Este estudo teve como objetivo avaliar as taxas de sobrevida de cinco anos e os principais fatores prognósticos relativos ao tumor em mulheres com carcinoma invasivo de mama submetidas à cirurgia no Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, Brasil, entre maio de 1995 e julho de 1996. As variáveis estudadas foram: presença de linfonodo comprometido, tamanho do tumor, grau de agressividade e presença de receptores hormonais para estrogênio e progesterona. As funções de sobrevida foram calculadas por meio do método de Kaplan-Meier. Foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox para avaliação dos fatores prognósticos. A taxa de sobrevida em cinco anos foi de 75,0% para todas as pacientes e, de 64,0% para as com metástase para linfonodo. A análise multivariada identificou o comprometimento de linfonodo como o mais forte preditor do desfecho; ter receptor positivo para estrogênio se associou a um melhor prognóstico. Esses resultados mostram a necessidade de condução de estudos que investiguem novos fatores que, combinados aos já conhecidos, possam melhor orientar a conduta terapêutica.
Numerous factors have been studied to establish more secure prognostic criteria in breast cancer patients. This study estimates five-year survival rates and principal prognostic factors related to tumor characteristics in women with invasive breast cancer and submitted to surgery at the National Cancer Institute, Rio de Janeiro, Brazil, from May 1995 to July 1996. Study variables were: lymph node status, tumor size, aggressiveness grade, and presence of estrogen and progesterone receptors. Survival functions were calculated according to the Kaplan-Meyer method. The Cox proportional hazards model was used to evaluate prognostic factors. Five-year survival was 75% for all women and 64% for those with node involvement. Multivariate analyses identified node involvement as the strongest predictor of outcome; a positive estrogen receptor test was associated with a better prognosis. These findings highlight the need for studies to assess new variables to be added to known factors in order to better orient therapy for breast cancer.