Este artigo verifica a validade de constructo da escala de apoio social utilizada em um estudo de coorte de trabalhadores de uma universidade no Rio de Janeiro, Brasil (Estudo Pró-Saúde). Os dados foram obtidos na primeira etapa do estudo, realizada em 1999, na qual 4.030 funcionários técnico-administrativos completaram, no ambiente de trabalho, um questionário multidimensional e autopreenchível. Associações entre as dimensões de apoio social e características sócio-demográficas, relacionadas à saúde e ao bem-estar, foram avaliadas. Por meio da análise fatorial, foi possível discriminar três dimensões de apoio: interação social positiva/apoio afetivo; apoio emocional/de informação; e apoio material. Foram confirmadas as hipóteses de que indivíduos menos solitários, com melhor estado de saúde auto-referido, com relato de participação mais freqüente em atividades sociais em grupo e sem suspeição para transtornos mentais comuns teriam maior percepção de apoio social. Conclui-se que há evidências de que o instrumento apresenta validade de constructo, indicando-se sua utilização em análises futuras, no âmbito do Estudo Pró-Saúde e em populações similares.
This paper evaluates the construct validity of the Medical Outcomes Study's social support scale adapted to Portuguese, when utilized in a cohort study among non-faculty civil servants at a university in Rio de Janeiro, Brazil (Pró-Saúde Study). Baseline data were obtained in 1999, when 4,030 participants (92.0% of those eligible) completed a multidimensional self-administered questionnaire at the workplace. From the original scale's five social support dimensions, factor analysis of the data extracted only three dimensions: positive social interaction/affective support; emotional/information support; and material support. We estimated associations between social support dimensions and socio-demographic, health, and well being-related characteristics. We confirmed the hypotheses that less isolated individuals, those with better self-rated health, those who reported more participation in group activities, and those with no evidence of common mental disorders reported better perception of social support. In conclusion, we found good evidence for a high construct validity of this scale, supporting its use in future analyses in the Pró-Saúde Study and in similar population groups.