Com o objetivo de verificar se as condições de vida e de infra-estrutura dos municípios do Estado do Paraná, Brasil, se relacionam com a taxa de mortalidade infantil e seus componentes, foi realizado estudo de agregados, com os 399 municípios do Estado agrupados em cinco clusters de condições de vida. As taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal foram calculadas para o qüinqüênio 1997/2001. Observaram-se taxas médias de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal no Estado de 19,3, 12,0 e 7,3 por mil nascidos vivos, respectivamente. A taxa de mortalidade infantil pós-neonatal variou de 8,7 (cluster de piores condições) a 6,3 por mil nascidos vivos (cluster de melhores condições de vida). Com relação ao componente neonatal, os clusters de melhor e pior situação apresentaram as menores taxas, com valores semelhantes: 11,8 e 11,4 por mil nascidos vivos, respectivamente. Conclui-se que o componente pós-neonatal ainda discrimina adequadamente as condições de vida no Estado do Paraná, porém há necessidade de estudos complementares visando esclarecer as causas das taxas semelhantes de mortalidade neonatal dos clusters classificados como de melhores e de piores condições de vida.
This objective of this paper was to verify the relations between the living and infrastructure conditions of municipalities in the State of Paraná, Brazil, and infant mortality rate and its components. An ecological study was carried out having the 399 municipalities of the State being classified into five clusters of living conditions. Infant, neonatal and postneonatal rates were calculated for the period 1997/2001. The mean infant, neonatal and postneonatal mortality rates in the State were, respectively, 19.3, 12.0 and 7.3 per 1,000 live births. Postneonatal mortality rates ranged from 8.7 (cluster of worst living conditions) to 6.3 per 1,000 live births (in the cluster classified as having the best living conditions). Regarding the neonatal component, clusters classified as holding the best and the worst living conditions presented the lowest values: 11.8 and 11.4 per 1,000 live births, respectively. We conclude that the postneonatal component still adequately discriminate living conditions in the State of Paraná. However, there is a need of complementary studies that aim to clarify the causes of similar neonatal mortality rates observed in the richest and in the poorest cluster of municipalities.