Este trabalho tem como objetivo analisar o sistema de gestão de uma região de saúde no Rio Grande do Sul, Brasil, tendo como referencial para análise a Teoria das Macroorganizações. O estudo segue uma abordagem qualitativa e utiliza como estratégia metodológica o estudo de caso. O sistema de gestão da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) teve a conformação de uma missão clara e incorporada pelos seus trabalhadores como fator potencializador das práticas de organização do sistema de saúde. Apesar disso, o modo como os coordenadores organizam o seu tempo tem desviado seus olhares para problemas emergenciais e rotineiros, em detrimento de questões importantes. A 6ª CRS fortaleceu o controle social para imprimir maior responsabilidade na região, no entanto o controle técnico da qualidade deixou a desejar, uma vez que não há objetivos, metas e prestação de contas por resultados. A assessoria descentralizada aos municípios e o modelo de financiamento promoveram descentralização e autonomia, embora esta estratégia careça de articulação regional e de dispositivos gerenciais mais comprometedores.
This article analyzes the management system in a health district in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, through qualitative analysis, using a case study as the methodology and macro-organization theory as the analytical framework. For the current management system in the 6th Health Region, a clear mission statement and wide acceptance by health workers are facilitating factors for the current organizational practices within the health system. Nevertheless, the way health coordinators are currently prioritizing their time has diverted necessary resources from critical problems towards more remedial issues. The 6th Health Region has encouraged social control (or public oversight) in order to improve accountability. However, there is room for improvement in quality assurance management, since there were no well-defined goals, objectives, or accountability. Decentralized consultancy provided to the municipalities and the funding model itself have both promoted decentralization and autonomy, although the strategy requires better regional integration and greater commitment in managerial practices.