Foram estudados 328 nipo-brasileiros, ambos os sexos e faixa etária de 40 a 79 anos em 1993, participantes de dois inquéritos de saúde e nutrição realizados em 1993 e 2000. A avaliação da dieta foi realizada por questionários quantitativos de freqüência. A análise das alterações da dieta entre 1993 e 2000, segundo sexo, utilizou o teste de Wilcoxon para amostras dependentes (p < 0,05). Em ambos os sexos, quando comparadas diferenças de consumo alimentar nos dois inquéritos, houve aumento da contribuição do consumo de gorduras para as calorias totais em 16% (valores médios em 2000: 31,5% para mulheres e 30,8% para homens). Houve aumento de 40% no consumo de ácidos graxos oléico e linoléico, com redução de 20% no colesterol. Entre as mulheres, observou-se aumento nas calorias totais, redução no consumo de vegetais e percentual calórico dos doces. Apesar do aumento do consumo de gordura total da dieta, houve redução no teor de colesterol e aumento no consumo de ácidos graxos linoléico e oléico, frutas e cálcio. Ainda assim, os níveis de ingestão de cálcio e vegetais foram abaixo das recomendações internacionais.
Cross-sectional surveys were performed in 1993 and 2000 on Japanese-Brazilians (n = 328) of both sexes, aged 40 to 79 years in 1993, living in Bauru, São Paulo State. Both surveys examined food intake using food frequency questionnaires. Dietary intake in both surveys was compared to Wilcoxon tests according to gender (p < 0.05). Calories from dietary fat increased by 16% in both genders (mean values in 2000: 31.5% for women and 30.8% for men). When the surveys were compared, the main dietary changes were: (a) a 40% increase in oleic and linoleic acids and calories from fat and (b) a 20% reduction in dietary cholesterol in both sexes. Among women, an increase in total calorie intake with reduced consumption of vegetables and calories from sweets were observed. Despite increased intake of total dietary fat, there was a decrease in cholesterol intake and an increase in oleic and linoleic acids, fruit, and calcium. However, calcium and vegetable consumption is still short of international recommendations.