Neste artigo, relatam-se propriedades psicométricas do Instrumento Abreviado de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-Bref), composto por 24 questões distribuídas em quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente) e duas questões globais sobre qualidade de vida e saúde global, quando aplicado no Estudo Pró-Saúde (estudo de coorte de trabalhadores de uma universidade no Estado do Rio de Janeiro, Brasil), em seu estudo piloto e entre os 3.574 participantes da fase 2 (2001) do estudo. Foi estimada a confiabilidade teste-reteste dos escores, com coeficiente de correlação intraclasse variando entre 0,76 e 0,91 nos diversos domínios. Níveis de consistência interna, avaliados pelo coeficiente alfa de Cronbach, variaram entre 0,69 e 0,79. Na análise de fatores, pelo método de fatores principais iterados e rotação varimax, não foi replicada exatamente a estrutura do instrumento original, verificada em seus testes de campo; uma das possíveis razões para as discrepâncias observadas refere-se à natureza da população de estudo, em idade laboral ativa e relativamente saudável.
This paper reports on the psychometric properties of the World Health Organization Abbreviated Instrument for Quality of Life Assessment (WHOQOL-Bref), comprising 26 items which measure the following broad domains: physical health, psychological health, social relationships, and environment. The instrument was used in the Pró-Saúde Study, a cohort study of public employees at university campuses in Rio de Janeiro, Brazil, during the pilot phase, and by 3,574 subjects in study phase 2 (2001). The estimated test-retest reliability of the responses, measured by intraclass correlation coefficients, ranged from 0.76 to 0.91 across domains. The internal consistency of the items, measured by Cronbach's alpha coefficients, was estimated between 0.69 and 0.79. The factor structure, using iterated principal factor methodology and varimax rotation, did not exactly replicate the structure of the original instrument as assessed during its field tests; among other reasons, the observed discrepancies may be due to the study population's characteristics (active working-age and relatively healthy).