O estudo apresenta os resultados obtidos em uma investigação sobre a síndrome de burnout em professores de escolas particulares de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico que buscou identificar o nível da síndrome de burnout, verificando possíveis associações com variáveis demográficas, laborais e fatores de estresse percebidos no trabalho. A população do estudo estava composta por 217 professores, dos quais, participaram 190 sujeitos (87,5%). Como instrumento de pesquisa, utilizou-se o MBI para medir burnout, associado a um questionário para o levantamento das demais variáveis. Os resultados obtidos revelaram que professores apresentam nível baixo nas três dimensões que compõem burnout: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal no trabalho. Variáveis demográficas não apresentaram relação com as dimensões de burnout, sendo que, das variáveis profissionais, a carga horária e a quantidade de alunos atendidos foram as que mostraram associação com a dimensão de exaustão emocional. Mau comportamento dos alunos, expectativas familiares e pouca participação nas decisões institucionais foram os fatores de estresse que apresentaram associação com as dimensões de burnout.
This article presents the results of an epidemiological study on burnout syndrome among private school teachers in Greater Metropolitan Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil, testing possible associations with demographic, work-related, and stress-related variables. The target population consisted of 217 teachers, of whom 190 participated (87.5%). The Maslach Burnout Inventory (MBI) was used to measure burnout, together with a questionnaire to record the other variables. The results showed that teachers have a low score in the three dimensions comprising burnout: emotional exhaustion, depersonalization, and decreased personal fulfillment at work. Demographic variables did not show any association with burnout, while occupational variables, workload, and number of students were associated with emotional exhaustion. Bad conduct by students, family expectations, and limited participation in institutional decisions were the stress factors associated with burnout.