Foi realizado um estudo transversal de base populacional em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil, com objetivo de analisar o uso de métodos contraceptivos. A amostra envolveu 867 mulheres de 20 a 60 anos com vida sexual ativa. Entre as mulheres que referiram atividade sexual, 627 (61,1%) referiram utilizar algum método contraceptivo. Entre as mulheres de 20 a 49 anos, 48,8% referiram utilizar anticoncepcionais orais; 18,7%, ligadura tubária; 17,3%, preservativos masculinos; e 7,3%, dispositivo intra-uterino. Entre as 186 mulheres de 50 a 60 anos que referiram vida sexual ativa, o método mais prevalente foi a ligadura tubária com 79,6%. Foi observada uma modificação de efeito em relação à prevalência de anticoncepcionais orais, idade e escolaridade, evidenciando uma menor prevalência nas mulheres de 20 a 29 anos e com baixa escolaridade. Assim, os achados da análise em São Leopoldo apontam para uma diversidade na prevalência do uso de métodos contraceptivos, inclusive não fazendo distinção na ocorrência de laqueadura tubária de acordo com variáveis sócio-econômicas, mas ainda revelam a necessidade de propiciar-se escolhas tecnicamente mais adequadas às mulheres mais jovens e com baixa escolaridade.
In 2003, a population-based cross-sectional study was conducted in the urban area of São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil. The sample included 867 sexually active women from 20 to 60 years of age. The objective was to describe the use of contraceptive methods. Data were collected using a standardized questionnaire. The study analyzed the prevalence of contraceptive use and socioeconomic variables in women reporting an active sex life (84.5%), stratified by age groups. Some 627 (61.1%) women reported use of contraceptive methods. In the 20-49-year old group, 48.8% reported using oral contraceptives, 18.7% tubal ligation, 17.3% condoms, and 7.3% IUDs. In the 50-60-year old group, the most widely used method was tubal ligation (79.6%). Regarding tubal ligation, the schooling variable showed a linear trend, that is, women with less schooling showed a higher prevalence. Prevalence of oral contraception was higher in low-income women.