Neste estudo, analisa-se a sobrevida de pacientes diagnosticados com câncer gástrico no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Foram analisados os dados do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Campinas referentes aos casos incidentes nos anos de 1991 a 1994. Calculou-se a sobrevida observada e relativa e, visando a uma comparação entre as taxas de sobrevida de diferentes grupos e populações internacionais, utilizou-se o risco relativo de morte. A sobrevida relativa foi de 33% e 9% ao final do primeiro e do quinto ano após o diagnóstico, respectivamente. Não foi constatada diferença na sobrevida por câncer de estômago entre os sexos; o prognóstico revelou-se melhor para os indivíduos mais jovens. Verificou-se um gradiente de gravidade dos estádios localizados para aqueles mais avançados, não estatisticamente significantes. O grupo dos adenocarcinomas indiferenciados apresentou uma sobrevida maior, com 47% destes pacientes vivos ao final do primeiro ano, enquanto apenas 7% dos casos sem classificação histológica sobreviveu ao primeiro ano após o diagnóstico. Comparando-se com resultados internacionais, tais como os de registros europeus, Campinas revelou um risco de morte maior do que o da média dos registros europeus, especialmente considerando-se o quinto ano após o diagnóstico.
This study analyzes the survival of gastric cancer patients in the city of Campinas, São Paulo State, Brazil. Data from the Campinas Population-Based Cancer Registry (RCBP) related to gastric cancer cases diagnosed from 1991 to 1994 were analyzed. Observed and relative survival rates were calculated, and to compare rates between different groups and international populations, the relative mortality risk was used. One-year relative survival rate for patients with gastric cancer was 33%, and five-year relative survival was 9%, confirming the poor prognosis of gastric cancer. Gender had no influence on survival, while the prognosis was better for young people. There was a gradient of severity from the localized to the metastatic state, not statistically significant. The group with undifferentiated adenocarcinomas had longer survival, with 47% of patients alive after the first year, whereas only 7% of those without a histological classification survived the first year after diagnosis. Compared with international results like the pool of European registries, the risk was greater, especially considering the five-year survival rates.