Este estudo focaliza o grupo operativo como intervenção preventiva de HIV para HSH (homens que fazem sexo com homens), usuários de serviços de saúde pública de São Paulo, Brasil. Foram distribuídos, por sorteio aleatório, 100 voluntários em dois grupos (intervenção e controle - 50 cada um). Todos eles responderam a questionários em duas fases distintas: antes da intervenção e seis meses depois de serem submetidos a ela. A avaliação do efeito da intervenção foi obtida pela variação do número médio de relações sexuais anais sem preservativo e análise de respostas sobre infecção pelo HIV. Terminaram o estudo 69 participantes (34 - grupo de intervenção; 35 - grupo de controle). No grupo de intervenção, observou-se, pelos dados obtidos, uma diminuição da prática de sexo anal desprotegida (p = 0,029) e aumento do número médio de respostas favoráveis à prevenção. Esses índices indicam ser a população estudada sensível à mudança em favor da adoção da prática de sexo mais seguro mediante participação no grupo operativo. Novos estudos são necessários para avaliar a possibilidade de utilização dessa abordagem nos serviços públicos de saúde e para outras populações.
This study aimed to evaluate the operative group as a preventive approach among men who have sex with men that use two public health services in the city of São Paulo, Brazil. One hundred volunteers were randomly allocated to two groups (intervention and control, with 50 each). All participants answered questionnaires in two phases: before the intervention and six months after its conclusion. Effect was measured by comparing the groups for the following outcomes: median number of anal sex acts without condoms and responses from the participants to questions about HIV infection. 69 participants completed the study (34 in the prevention group and 35 in the control group). Analysis showed a decrease in the number of unprotected anal sex acts (p = 0.029) and an increase in the number of answers favoring prevention in the intervention group. The results indicate that the study group was responsive to a safer sex operative group intervention. Further research is necessary to evaluate the feasibility of this prevention approach as a public health strategy, including other social groups.