Este trabalho analisa a vitalidade do recém-nascido por tipo de parto para os nascidos vivos do Estado de São Paulo, Brasil, em 2003. Com base nos dados das declarações de nascimento processadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação SEADE) e na regressão logística, foram analisadas as odds ratio (OR) para nascidos vivos com baixo índice de Apgar (0 a 6) no quinto minuto de vida por tipo de parto, controlados os fatores de ordem obstétrica, demográfica e social. Tanto na regressão simples, quanto na regressão múltipla, o peso da criança ao nascer; duração da gestação; número de consultas pré-natal; idade, estado civil e anos de estudo da mãe resultaram ser todos significativos e, conforme esperado, todas as categorias de exposição apresentaram-se diretamente relacionadas à baixa vitalidade do recém-nascido. Na regressão logística simples para baixa vitalidade do recém-nascido, o parto cesáreo, em relação ao parto vaginal, registrou OR de 0,890 (IC95%: 0,836-0,948). Entretanto, na regressão logística múltipla, o parto cesáreo registrou OR de 1,045 (IC95%: 0,977-1,117). Portanto, a variável tipo de parto não resultou ser estatisticamente significativa para baixa vitalidade do recém-nascido.
This paper analyzes Apgar score associated with mode of delivery for live births in São Paulo State, Brazil, 2003. Based on data from the State Data Analysis System Foundation (SEADE), logistic regression was analyzed for live births with low Apgar score (0 to 6) at the fifth minute of life per mode of delivery, adjusted for obstetric, demographic, and social factors. Birth weight, gestational age at delivery, number of prenatal visits, maternal age, marital status, and years of schooling were statistically significant, and (as expected) all exposure categories were associated with low Apgar score. In the unadjusted model, the odds ratio (OR) for low Apgar was 0.890 (95%CI: 0.836-0.948) for cesarean section compared to vaginal delivery. Nevertheless, in the adjusted model the OR was 1.045 (95%CI: 0.977-1.117) for cesarean section compared to vaginal delivery. Adjusted for obstetric, demographic, and social factors, mode of delivery was not statistically significant for low Apgar.