Este estudo do tipo intervenção comunitária controlada unicega não randomizada teve por objetivo avaliar o impacto das visitas realizadas pelos agentes comunitários de saúde e líderes voluntários da Pastoral da Criança sobre o pré-natal de gestantes pobres em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Aplicaram-se questionários padronizados antes e depois do parto buscando conhecer suas características demográficas, reprodutivas, assistência recebida durante o pré-natal e nível sócio-econômico e condição de moradia. Estas gestantes foram divididas em três grupos, sendo dois grupos-intervenção e um controle. Dentre as 339 gestantes estudadas, 115 pertenciam ao grupo cuja intervenção foi realizada pelos agentes comunitários de saúde, 116 pelos líderes voluntários da pastoral e 108 pertenciam ao grupo controle. Gestantes visitadas pelos agentes comunitários iniciaram o pré-natal mais precocemente, realizaram maior número de consultas, exames clínicos e testes laboratoriais, foram mais comumente orientadas sobre amamentação e suplementadas com sulfato ferroso. A participação de familiares nas consultas de pré-natal foi maior entre gestantes visitadas pelos líderes voluntários. Visitas domiciliares podem melhorar a qualidade do pré-natal entre gestantes pobres e aumentar a participação de familiares, sobretudo do marido, na gestação.
This non-randomized community intervention study evaluated the impact of prenatal home visits by community health agents and volunteer leaders from the Children's Mission on prenatal care among poor pregnant women in Rio Grande, Rio Grande do Sul State, Brazil. Previously trained interviewers applied pre-coded questionnaires to the women at home, investigating demographic and reproductive characteristics, socioeconomic status, housing conditions, and prenatal care. Of the 339 pregnant women interviewed, 115 were assigned to the intervention group visited by community health agents, 116 to the group visited by volunteer leaders, and 108 to the control group. Pregnant women visited by community health agents began prenatal visits earlier than other groups, had more prenatal visits, lab tests, and clinical exams, and received more counseling on breastfeeding and iron supplementation. Participation by family members during medical consultations for pregnant women visited by volunteer leaders was higher than for community health agents. Pregnant women visited by community health agents received better prenatal care than the other groups. Home visits can improve the quality of prenatal care for poor women and increase participation by family members (mainly husbands) during the pregnancy.