Em 2002 e 2005 realizou-se inquérito transversal em áreas pobres das regiões Norte e Nordeste do Brasil visando avaliar a assistência à gestação e ao parto entre mães de menores de cinco anos. Foram estudadas 1.528 e 1.529 crianças em 2002 e 2005, respectivamente. Neste período, a escolaridade média das mães aumentou em 1,5 anos, a renda familiar em R$ 100,00 e o fornecimento de água tratada passou de 23% para 41%; a realização de seis ou mais consultas de pré-natal aumentou de 42% para 52% e a imunização contra tétano neonatal de 54% para 77%; a avaliação da altura uterina de 54% para 77% enquanto a realização de teste para HIV e sífilis duplicou, passando de cerca de 8% para aproximadamente 16% e de ultra-sonografia de 44% para 64%. No entanto, a realização de exames ginecológicos caiu de 41% para 31% e as orientações sobre amamentação de 66% para 55%. Apesar de melhorias expressivas na maioria dos indicadores estudados, verifica-se que ainda estão abaixo das regiões mais desenvolvidas do país. Esforços devem ser feitos visando reduzir estes diferenciais.
In 2002 and 2005, two surveys were conducted in poor areas of North and Northeast Brazil to evaluate prenatal care received by mothers of children under five years old. The study covered 1,528 and 1,529 children in 2002 and 2005, respectively. In this three-year period, maternal schooling and monthly family income increased by 1.5 years and US$ 50.00, respectively, availability of safe drinking water increased from 23% to 41%, the proportion of pregnant woman with six or more prenatal visits increased from 42% to 52%, and immunization against neonatal tetanus increased from 54% to 77%. Coverage of uterine height evaluation increased from 54% to 77%. Testing for HIV and syphilis virtually doubled, from 8% to 16%. Meanwhile, gynecological examinations dropped from 41% to 31% and counseling for breastfeeding decreased from 66% to 55%. Despite improvements, the study's results show that the target indicators in these areas fall short of those in more developed regions of Brazil. Efforts should be made to reduce this gap.