Investigou-se o uso de serviços odontológicos por rotina entre idosos brasileiros participantes do Projeto SB Brasil. Desses, 2.305 eram dentados, 2.704, edentados, a prevalência do uso foi de 20% e 17%, respectivamente. A regressão logística mostrou que, entre dentados, o uso foi maior entre aqueles com maior escolaridade e menor entre residentes no Norte e Nordeste; na zona rural; que não usaram no último ano; que não foram informados sobre como evitar problemas bucais; que relataram dor; que necessitavam de próteses e de tratamento periodontal; que autoperceberam sua mastigação regular; cuja condição bucal afetava o relacionamento; que autoperceberam sua fala ruim/péssima. Entre edentados, o uso por rotina foi maior entre aqueles com maior escolaridade e entre usuários de serviços pagos. Foi menor entre não brancos; residentes no nordeste; na zona rural; que não usaram no último ano; que não foram informados sobre como evitar problemas bucais; os com menor renda; que necessitavam de prótese; cuja condição bucal afetava o relacionamento. Iniqüidades, barreiras financeiras e falta de informações parecem prejudicar o uso rotineiro, indicando necessidade de políticas públicas.
The routine use of dental services by elderly participants in a representative survey of Brazilians (the SB Brazil Project) was investigated. 2,305 were dentate and 2,704 edentulous. Prevalence of use was 20% and 17%, respectively. Poisson regression showed that for dentate individuals, use was lower among residents who: lived in rural areas; had not received preventive oral health information; had lower incomes; needed a dental prosthesis; had periodontal problems; perceived their chewing as fair, bad, or terrible; felt that oral health affected their social interaction; and reported tooth pain. Among edentulous individuals, use was higher among those who paid out-of-pocket for dental services and was lower among those who: lived in rural areas; had used dental services more than a year previously; self-identified as non-white; had not received preventive oral health information; had less schooling; needed a dental prosthesis; and felt that oral health affected their social interaction. Inequalities, economic barriers, and lack of information jeopardized the routine use of dental services. Targeted public policies are required to correct these problems.