O objetivo deste estudo foi analisar as prevalências e fatores associados à atividade física insuficiente, comportamento sedentário e ausência nas aulas de Educação Física em escolares do Ensino Médio. O questionário COMPAC (Comportamento do Adolescente Catarinense) foi respondido por 5.028 estudantes (15 a 19 anos), de escolas públicas de Santa Catarina, Sul do Brasil. Foram analisados comportamentos de risco, informações demográficas e sócio-econômicas. Utilizou-se regressão de Poisson para análises das associações. A prevalência de atividade física insuficiente foi de 28,5% e associou-se a um menor consumo de frutas/verduras (RP = 1,27; IC95%: 1,15-1,40) e estudo noturno (RP = 1,44; IC95%: 1,34-1,54). A prevalência de ausência nas aulas de Educação Física foi de 48,6% e associou-se negativamente à idade e com estar trabalhando (RP = 1,52; IC95%: 1,18-2,19). A prevalência de comportamento sedentário foi de 38,4%, atingindo menos os residentes de áreas rurais (RP = 0,52; IC95%: 0,31-0,83) e que participavam de uma ausência nas aulas de Educação Física semanal (RP = 0,73; IC95%: 0,56-0,95). Os resultados sugerem intervenções com estratégias específicas para cada comportamento analisado.
The objectives of this study were to estimate the prevalence of insufficient physical activity, sedentary behavior, and absence from physical education and associated factors. The Santa Catarina State Adolescents' Questionnaire (COMPAC, in Portuguese) was applied to a sample of 5,028 adolescents (15-19 years of age) attending public high schools in the State of Santa Catarina, Brazil. Information included demographic and socioeconomic indicators. Poisson regression analyses were used to test associations. The proportion of students with insufficient physical activity was 28.5%, associated with low consumption of fruits and vegetables (PR = 1.27; 95%CI: 1.15; 1.40) and enrollment in night classes (PR = 1.44; 95%CI: 1.34; 1.54). Absence from physical education was reported by 48.6%; employment and older age were negatively associated with absence from physical education. Sedentary behavior was reported by 38.4%, but was less frequent in rural areas (PR = 0.52; 95%CI: 0.31; 0.83) and among those enrolled in absence from physical education (RP = 0.73; 95%CI: 0.56; 0.95). The results suggest interventions with specific strategies aimed at ameliorating each contributing factor.