Estudo de base populacional com objetivo de avaliar a cobertura da assistência pré-natal, de acordo com a renda familiar, em município do Sul do Brasil. As informações foram coletadas por questionário, com as mães nas primeiras 24 horas após o parto. Observa-se que a cobertura pré-natal, o inicio das consultas no primeiro trimestre, a realização de seis consultas ou mais, a execução do exame das mamas e do exame especular, a realização dos exames de laboratório da rotina pré-natal do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) e a realização da ultra-sonografia, aumentam com a melhoria da renda familiar, sendo mais realizados nas gestantes do quartil de maior renda (p < 0,001). Apesar destes resultados, a prevalência de baixo peso ao nascer não apresentou diferença estatística significante entre os diferentes quartis. O serviço local de saúde mostrou-se pouco efetivo porque apenas 26,8% dos pré-natais foram classificados como adequados, segundo parâmetros do PHPN, e desigual porque as pacientes do menor quartil de renda tiveram o acompanhamento da sua gestação com qualidade inferior à das pacientes do quarto quartil.
This population-based study aimed to evaluate prenatal coverage according to family income in a municipality (county) in Southern Brazil. Data were collected using a questionnaire with mothers in the first 24 hours postpartum. Prenatal coverage, first prenatal consultation in the first trimester, six or more consultations, breast and colposcopic examination, routine prenatal laboratory tests according to the protocol of the Program for Humanization of Prenatal and Delivery Care (PHPN), and prenatal ultrasound increased proportionally with family income, and all were more frequent in women from the highest income quartile (p < 0.001). Despite these results, the prevalence of low birth weight did not show a statistically significant difference between the quartiles. The local health service appeared not to be very effective, since only 26.8% of the women were classified as having received adequate prenatal care according to the PHPN criteria, and care was unequal, since quality of care for women in the lowest income quartile was inferior to that of women in the highest quartile.