Estudo transversal com 1.170 adolescentes da sétima série da rede pública municipal de Gravataí, Rio Grande do Sul, Brasil, investigando a associação de fatores sócio-demográficos, psicossociais e relacionados ao estilo de vida com hábitos de saúde bucal e utilização de serviços odontológicos. Os dados foram analisados por regressão de Cox modificada para estudos transversais. As meninas tiveram maior freqüência de escovação dentária assim como aqueles que relataram não se sentirem discriminados ou sozinhos. O uso diário de fio dental associou-se à melhor inserção sócio-econômica, à busca por serviços privados, à compreensão dos pais e à ausência de sentimento de solidão. A freqüência anual de utilização de serviços odontológicos foi maior entre os de inserção sócio-econômica mais alta. Houve maior busca de serviços por motivo preventivo entre aqueles com melhor inserção sócio-econômica, os que se sentiram compreendidos pelos pais e os que não costumavam consumir doces. Os hábitos de saúde bucal apresentaram associação com inserção sócio-econômica familiar e com fatores psicossociais, exceção à utilização anual de serviços. Quanto ao estilo de vida, o baixo consumo de doces repercutiu positivamente sobre o motivo da visita ao serviço.
This was a cross-sectional study of 1,170 seventh-grade adolescents from the municipal public school system in Gravataí, Rio Grande do Sul State, Brazil, investigating the association between socio-demographic, psychosocial, and lifestyle factors and oral health habits and use of dental services. Data were analyzed by Cox regression, modified for cross-sectional studies. Females showed higher frequency of brushing, as did adolescents that reported not feeling alone or discriminated. Daily flossing was associated with higher socioeconomic status (SES), use of private dental services, parental understanding, and lack of feeling of loneliness. Frequency of annual dental visits was higher among individuals with higher SES. Preventive dental checkups were more frequent among individuals with higher SES, those who felt understood by their parents, and those who did not habitually eat candy. Oral health habits were associated with family SES and psychosocial factors except for frequency of annual dental visits. As for lifestyle, low candy consumption had a positive impact on reasons for use of dental appointments.