Estudo avaliativo sobre a expansão da Estratégia Saúde da Família em grandes centros urbanos no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, analisando funcionamento das modalidades de atenção, desempenho e oferta de atenção integral em si e em sua articulação com serviços de outro nível. O eixo de análise foi a integralidade do cuidado no cotidiano dos serviços, com foco nas mulheres em idade reprodutiva, tendo a gestação como condição traçadora. Os resultados decorreram de análise permitida pela realização de grupos focais com usuárias e profissionais de saúde, tendo-se em conta: caracterização dos atores; suas percepções sobre saúde, modelo de atenção, forma de organização dos serviços e práticas da atenção primária à saúde. Esses grupos sugeriram que os atores envolvidos percebem a saúde identificada em seus determinantes sociais. O acesso ao serviço e às ações se diferenciou na unidade de saúde da família pela adscrição da clientela e busca ativa, observando-se inexistência de uma rede estruturada. O estudo indica que processos de trabalho que contemplem a determinação social da saúde e a intersetorialidade conduziriam à ampliação do acesso e do cuidado integral da saúde da mulher na fase reprodutiva.
This evaluative study focused on expansion of the Family Health Strategy in large cities in Rio de Janeiro State, Brazil. The study analyzed the functionality of health care modalities, performance, and supply of comprehensive care itself and its link to services at other levels. The thrust of the analysis was comprehensiveness of care in the daily routine of health services, with a focus on childbearing-age women, and with pregnancy as the tracer condition. The results emerged from an analysis of focus groups with health care users and health professionals, based on: characterization of key actors; their perceptions concerning health, healthcare model, and organization of primary care services and practices. The groups suggested that the actors perceive health as identified with social determinants. Access to services and actions was differentiated in the family health unit by enrollment of the clientele and active search, and the study showed the lack of a structured network. The study indicates that work processes contemplating the social determination of health and its intersectorality can lead to expanded access to comprehensive care for childbearing-age women.