O objetivo deste estudo foi analisar as barreiras impeditivas do acesso ao rastreio do câncer do colo uterino no âmbito da Saúde da Família do Município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil. Por meio de um inquérito domiciliar foram entrevistadas 281 mulheres com idades entre 20 e 59 anos. Para avaliação das barreiras de acesso ao exame, utilizou-se a versão em português do instrumento Champion's Health Belief Model Scale (CHBMS). O medo relacionado ao resultado do exame (39,85%; IC95%: 34,09-45,61) e ao profissional examinador (31,31%; IC95%: 25,86-36,77), a vergonha (39,85%; IC95%: 34,09-45,61) e o esquecimento relacionado ao agendamento do exame (32,02%; IC95%: 26,53-37,51) foram referidos como as principais barreiras impeditivas do acesso. Como os fatores de impedimento variaram de acordo com as características sociodemográficas da população, acredita-se que a estruturação das práticas de rastreio da doença deve ser pautada na realidade territorial.
The aim of this study was to analyze barriers to access to cervical cancer screening under the Family Health Program in Nova Iguacu, Rio de Janeiro State, Brazil. Through a household survey, we interviewed 281 women 20 to 59 years of age. To assess barriers to the Pap smear, a Portuguese version of the Champion's Health Belief Model Scale was used. Fear related to the test results (39.85%, 95%CI: 34.09-45.61) and the professional examiner (31.31%, 95%CI: 25.86-36.77), shame (39.85%, 95%CI: 34.09-45.61), and forgetting to schedule the test (32.02%, 95%CI: 26.53-37.51) were reported as the main barriers to access. Since the constraints varied according to the population's socio-demographic characteristics, organization of cervical cancer screening should be tailored accordingly.