O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência da realização dos exames de rastreamento para o câncer de próstata em homens com 50 anos ou mais de idade, segundo variáveis socioeconômicas, demográficas, de comportamentos relacionados à saúde e presença de morbidade. O estudo foi do tipo transversal, de base populacional, e as análises estatísticas consideraram o delineamento da amostra. Os fatores associados à não realização dos exames de rastreamento do câncer de próstata, foram: ter de idade menor que 70 anos, ter escolaridade de até 8 anos, renda familiar per capita menor que 0,5 salário mínimo, não ter diabetes, ter limitação visual e não ter ido ao dentista no último ano. O SUS foi responsável pela realização de 41% dos exames de rastreamento do câncer de próstata referidos. Este estudo apontou que apesar da controvérsia sobre e efetividade do toque retal e da dosagem do Antígeno Específico Prostático (PSA) para a detecção do câncer de próstata, parcela significativa da população masculina vem realizando estes exames para os quais existem significativas desigualdades socioeconômicas quanto ao acesso.
The aim of this study was to analyze the prevalence of prostrate cancer screening among men aged 50 years or older based on socioeconomic, demographic, and health-related behavioral variables and the presence of morbidity. A population-based cross-sectional study was performed. The following factors were associated with failure to undergo screening: age under 70 years; less than eight years of schooling; per capita household income less than one-half the minimum wage; not having diabetes; lack of visual impairment; and lack of visit to the dentist in the previous year. The Brazilian public healthcare system accounted for 41% of the reported prostate cancer screening tests. According to the present study, despite controversy over the effectiveness of digital rectal examination and prostrate-specific antigen for detecting prostate cancer, a significant portion of the male population has been undergoing these tests, the access to which displays significant socioeconomic inequalities.