Avaliar diferenças na atenção ao pré-natal entre a Estratégia Saúde da Família (ESF) e as unidades básicas de saúde (UBS) tradicionais em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Foi realizado um estudo transversal com todas as mulheres grávidas que tiveram partos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2007 e fizeram o pré-natal na rede municipal. Compararam-se os procedimentos recomendados pelo Ministério da Saúde, segundo modelo de atenção. Dentre as 961 grávidas, as da ESF receberam em maior percentual alguns cuidados (uso de sulfato ferroso, vacina antitetânica, número de exames para HIV e sífilis). Outros procedimentos foram mais frequentes na ESF, mas estavam abaixo do valor recomendado (exame das mamas e prevenção do câncer cervical). As medidas de pressão arterial, altura uterina e de peso foram muito frequentes nos dois grupos. A identificação de gestantes no primeiro trimestre não alcançou 70%. As mulheres da ESF têm um processo de atenção melhor, mas alguns dos procedimentos ainda estão abaixo das expectativas, sendo necessários mais esforços para melhorar a qualidade do pré-natal.
This study aimed to evaluate differences in prenatal care between services under the Family Health Strategy (FHS) and traditional public primary care clinics in Rio Grande, Rio Grande do Sul State, Brazil. A cross-sectional study was performed with all women who gave birth from January 1st to December 31st, 2007, and who received prenatal care in the municipal health system. The procedures recommended by the Ministry of Health were compared according to model of care. Among the 961 pregnant women, those treated under the FHS received a higher percentage of some forms of care (use of ferrous sulfate, tetanus vaccination, and HIV and syphilis tests). Other procedures were also more frequent under the FHS, but failed to reach the recommended levels (breast examination and Pap smear). Measurement of blood pressure, uterine height, and weight were quite frequent in both groups. Identification of pregnant women in the first trimester failed to reach 70%. Women under the FHS received better care, but some procedures still fell short of expected levels, and efforts are thus needed to improve the quality of prenatal care.