A população brasileira está envelhecendo de forma significativa, num contexto de melhora gradual dos índices sociais e econômicos do país. O aumento da longevidade acarreta maior uso dos serviços de saúde, pressionando os sistemas de saúde pública e previdência, gerando mais custos e ameaçando a sustentabilidade do sistema. A alternativa para evitar a sobrecarga desse sistema é investir em políticas de prevenção de doenças, estabilização das enfermidades crônicas e manutenção da capacidade funcional. Este artigo visa a analisar as dificuldades de implantação de programas de prevenção e as razões do fracasso de diversos programas de promoção da saúde, prevenção e gerenciamento de doenças crônicas no grupo etário dos idosos. Não há saída possível para a crise de financiamento e reestruturação do setor sem a implantação da lógica preventiva. O conhecimento científico já identificou corretamente os fatores de risco para a população idosa, mas isso não basta. Precisamos saber utilizar esse conhecimento para efetuar a necessária transição do modelo assistencial para o modelo de prevenção.
The Brazilian population is aging significantly within a context of gradual improvement in the country's social and economic indicators. Increased longevity leads to increased use of health services, pressuring the public and social welfare health services, generating higher costs, and jeopardizing the system's sustainability. The alternative to avoid overburdening the system is to invest in policies for disease prevention, stabilization of chronic diseases, and maintenance of functional capacity. The current article aims to analyze the difficulties in implementing preventive programs and the reasons for the failure of various programs in health promotion, prevention, and management of chronic diseases in the elderly. There can be no solution to the crisis in financing and restructuring the health sector without implementing a preventive logic. Scientific research has already correctly identified the risk factors for the elderly population, but this is not enough. We must use such knowledge to promote the necessary transition from a healthcare-centered model to a preventive one.