O estudo buscou identificar diferenciais entre os fatores de risco para mortalidade infantil em cinco cidades, sendo uma de cada macrorregião brasileira. Realizou-se um estudo caso-controle, considerando casos os óbitos de menores de um ano registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e controles os nascidos vivos que não foram a óbito, registrados no SINASC. Os fatores de risco foram estimados por meio de análises univariadas e multivariadas, adotando-se os modelos logísticos hierarquizados. Os principais determinantes da mortalidade infantil foram os fatores biológicos (Apgar, baixo peso ao nascer, prematuridade e presença de malformação congênita) mediados pelos fatores socioeconômicos (escolaridade, estado civil e raça/cor) e as condições da assistência (consultas de pré-natal). Embora se verifique concordância em parte dos determinantes da mortalidade infantil entre as cidades analisadas, alguns diferenciais regionais puderam ser observados expressando a condição iníqua da mortalidade infantil associada às desigualdades nas condições socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde.
This study aimed to identify differences in risk factors for infant mortality in five cities, one from each region of Brazil. This was a case-control study with cases defined as deaths in infants less than one year of age in the Mortality Information System (SIM) and Information System on Live Births (SINASC) and controls as live born infants recorded in the SINASC database and who had not died in the first year. Risk factors were estimated by univariate and multivariate analysis, using hierarchical logistic models. The main determinants of infant mortality were biological factors (low Apgar score, low birth weight, prematurity, and congenital malformations) mediated by socioeconomic factors (education, marital status, and race/color) and prenatal care conditions (prenatal visits). Despite agreement on the determinants of infant mortality among the five cities, some regional differences were observed, expressing infant mortality associated with inequalities in socioeconomic conditions and access to health services.