Este estudo seccional objetivou verificar a concordância entre as informações prestadas por puérperas e as registradas nos cartões das gestantes sobre assistência pré-natal no Sistema Único de Saúde da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Considerou-se uma população de estudo de 1.035 puérperas, entrevistadas em oito maternidades, onde os cartões foram copiados. A representatividade da amostra foi garantida pela estratificação segundo a proporção de nascidos vivos. Informações foram coletadas, processadas e submetidas aos testes de kappa e McNemar. Os níveis de concordância sobre assistência pré-natal foram predominantemente ruins (kappa < 0,20). Puérperas tendem a superestimar a quantidade de consultas pré-natais (McNemar = 51,73; valor de p = 0,001), afirmar doenças gestacionais, como diabetes, anemia, hipertensão e infecções urinárias, relatar a execução de exames laboratoriais e clínicos. Os resultados sugerem uma reflexão sobre dados utilizados para o planejamento de políticas em saúde pública materno-infantil, visto que há variação conforme a fonte de informação.
This cross-sectional study aimed to verify agreement between information given by mothers after delivery and data recorded on Pregnant Cards about antenatal care under the Brazilian Unified National Health System in the Metropolitan Region of Vitória, Espírito Santo State, Brazil. The study considered a population of 1,035 postpartum mothers interviewed in eight hospitals, where the cards were copied. The representativeness of the sample was guaranteedby stratification according to the proportion of births. Kappa and McNemar tests were carried out with the collected and processed information. Agreement levels regarding antenatal care were predominantly poor (kappa < 0.20). Mothers tend to: overestimate the number of antenatal visits (McNemar = 51.73; p-value = 0.001); affirm diseases during pregnancy, such as diabetes, anemia, hypertension and urinary infections; report the performance of laboratory tests; report the carrying out of clinical examinations. Results suggest the need to reflect on the type of data used for planning and implementing maternal and child public health polices, since data varies depending on the information source.