O objetivo deste estudo foi analisar a sobrevida dos que iniciaram tratamento renal substitutivo em hemodiálise e diálise peritoneal no SUS, entre 2002 a 2004. Estudo observacional, prospectivo não concorrente. Utilizou-se a Base Nacional em Terapias Renais Substitutivas resultante de pareamento probabilístico dos sistemas Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Sistema de Informações Ambulatoriais e Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS. Incluíram-se os admitidos em 2002 e 2003, com 3 meses de tratamento e maiores de 18 anos. Dos 31.298 pacientes, a maioria iniciou em hemodiálise, era do sexo masculino, com média de 54 anos e residentes na Região Sudeste, e em municípios com IDH médio foi de 0,78. Associou-se a maior risco óbito: sexo feminino, idade superior a 55 anos, diagnóstico de diabete mellitus, em diálise peritoneal, não residir na Região Sudeste. Residir em cidades com melhor IDH proporcionou menor risco. Risco ajustado de HR = 1,17 em favor da hemodiálise. Os resultados sugerem menor sobrevida para os de diálise peritoneal e mais velhos. Portanto, torna-se necessário subsidiar políticas que avaliem melhor a escolha da modalidade, com estudos que aprofundem os achados encontrados.
The aim of this study was to analyze the survival of patients who initiated renal replacement therapy (RRT) with hemodialysis or peritoneal dialysis in the Brazilian Unified National Health System from 2002 to 2004. This was an observational, prospective, non-concurrent study. The study used the National Database for Renal Replacement Therapies resulting from probabilistic matching of Authorization of High-Complexity Procedures/Outpatient Information System and the Mortality Information System. The study included patients admitted in 2002 and 2003, with 3 months of treatment, and 18 years or older. Of the 31,298 patients, the majority: began RRT with hemodialysis, were male, with mean age 54 years, and living in the Southeast region and in municipalities with a mean HDI of 0.78. Increased risk of death was associated with: female gender, age greater than 55 years, diagnosis of diabetes mellitus, peritoneal dialysis, and not residing in the Southeast region. Residing in cities with higher HDI was associated with lower risk. Adjusted risk was HR = 1.17 in favor of hemodialysis. The results suggest shorter survival for peritoneal dialysis and older patients. It is thus necessary to support policies to better evaluate the RRT modality with studies that further elucidate the findings.