Os objetivos deste estudo foram verificar diferenças em fatores de personalidade entre pessoas que consumiram, ou não, álcool na vida, e entre pessoas que ingeriram com maior e menor frequência álcool nos últimos três meses, e testar o poder preditivo dos fatores para o consumo de álcool na vida e para o consumo de álcool, ao menos, mensal. Participaram 169 universitários, 66,7% mulheres, média de idade 21,2 anos. Declararam ter consumido álcool na vida 90,1% dos participantes; 42,3% consumiram até duas vezes nos últimos três meses e 57,7% consumiram, ao menos, mensalmente. Participantes com consumo menos frequente nos últimos três meses obtiveram maiores médias nos fatores de personalidade socialização e realização, já os que consumiram mais frequentemente pontuaram mais em extroversão. Um modelo preditivo revelou que incrementos em extroversão contribuíram no aumento das chances de beber álcool; acréscimos em realização diminuíram as chances do consumo. Características de personalidade foram capazes de diferenciar grupos de bebedores e predizer a frequência de consumo de álcool.
This study aimed to verify differences in personality factors between abstainers and drinkers and between individuals with higher versus lower levels of alcohol consumption in the previous three months, and to test the predictive power of factors for any lifetime alcohol consumption and for at least monthly alcohol consumption. A total of 169 university students participated, of whom 66.7% were women, with a mean age of 21.2 years. Lifetime alcohol consumption was 90.1%; 42.3% had consumed at least twice in the previous three months; and 57.7% consumed alcohol at least monthly. Participants with less frequent consumption in the previous three months showed higher mean scores for personality factors involving socialization and achievement, while those that consumed more frequently scored higher on extroversion. A predictive model showed that increments in extroversion contributed to increased odds of drinking alcohol, while increments in achievement decreased the odds of drinking. Personality characteristics were able to distinguish between different groups of drinkers and predict the frequency of alcohol consumption.