Estudo transversal que investigou a prevalência de distúrbios musculoesqueléticos e os fatores associados em uma amostra de 1.808 sujeitos do universo de 13.602 trabalhadores do sistema municipal de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A prevalência foi avaliada com base no autorrelato de dor nos membros superiores, membros inferiores e dorso; a magnitude das associações foi estimada por meio da regressão de Poisson, em modelos univariados (p < 0,20) e multivariados (p < 0,05). A prevalência de distúrbios musculoesqueléticos foi de 49,9%; e permaneceu positivamente associada a ser do sexo feminino; viver com um companheiro; praticar atividade física menos que duas vezes por semana; relato compatível com transtorno mental comum; exercer cargos de dentista, técnico de odontologia e agente comunitário de saúde; alta demanda física e condições de trabalho inadequadas. Os resultados confirmam a complexidade dos distúrbios musculoesqueléticos e indicam pistas para a elaboração de programas de promoção da saúde nos estabelecimentos sanitários.
This cross-sectional study investigated the prevalence of musculoskeletal disorders and associated factors in a sample of 1,808 workers (from a total of 13,602) in the municipal health system in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. Prevalence was calculated according to self-reported pain in the upper or lower limbs and/or back, and size of associations was estimated by univariate (p < 0.20) and multivariate Poisson regression (p < 0.05). Musculoskeletal disorders showed a prevalence of 49.9% and were statistically associated with female gender, living with a partner, physical activity less than twice a week, self-reported common mental disorder, certain job positions (dentists, dental technicians, and community health workers), high physical demand, and inadequate working conditions. The results confirm the complexity of musculoskeletal disorders and suggest areas for development of health promotion programs in health services.