OBJETIVOS: Diagnosticar a ocorrência e a fase de estresse em policiais militares da Cidade de Natal, Brasil, além de determinar a prevalência de sintomatologia física e mental. MÉTODO: Estudo descritivo, com corte transversal. Foi investigada uma amostra de 264 indivíduos extraída de uma população de 3 193 militares do Comando de Policiamento da Capital. Os dados foram coletados entre junho de 2004 e janeiro de 2005 utilizando-se o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp. Foi determinada a presença de estresse, a fase de estresse (alerta, resistência, quase-exaustão, exaustão), a prevalência de sintomas físicos e mentais e a relação entre estresse e unidade policial, posto policial, sexo, hábito de beber, fumo, escolaridade, estado civil, idade, tempo de serviço e faixa salarial. RESULTADOS: A proporção de policiais sem sintomas de estresse foi de 52,6%, enquanto que 47,4% apresentaram sintomatologia. Dos 47,4% com estresse, 3,4% encontravam-se na fase de alerta, 39,8% na fase de resistência, 3,8% na fase de quase-exaustão e 0,4% na fase de exaustão. Sintomas psicológicos foram registrados em 76,0% dos policiais com estresse, e sintomas físicos, em 24,0%. Das variáveis investigadas, a única que apresentou relação com estresse foi o sexo (P = 0,0337), sendo as mulheres as mais afetadas. CONCLUSÃO: Os níveis de estresse e de sintomas não indicaram um quadro de fadiga crítico. É recomendável uma ação preventiva por parte da organização policial, que poderia incluir a aplicação de um programa de diagnóstico, orientação e controle do estresse.
OBJECTIVES: To diagnose the occurrence and stage of stress among military police enlisted personnel and officers in the city of Natal (the capital of the state of Rio Grande do Norte, Brazil), and to determine the prevalence of physical and mental symptoms. METHOD: This cross-sectional descriptive study investigated a sample of 264 individuals from a population of 3 193 military personnel from the Natal police command. The data were collected between June 2004 and January 2005 using Lipp's Adult Stress Symptoms Inventory (Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp). The research assessed: (1) presence of stress, (2) the stage of stress (alert, resistance, near-burnout, and burnout), (3) the prevalence of physical and mental symptoms, and (4) the relationship between stress and police unit, rank, gender, drinking, smoking, educational level, marital status, age, years of police service, and salary. RESULTS: No stress symptoms were found in 52.6% of the sample; 47.4% had symptoms. Of the 47.4% of the police personnel with stress symptoms, they were distributed as: 3.4% in the alert stage, 39.8% in the resistance stage, 3.8% in the near-burnout stage, and 0.4% in the burnout stage. Psychological symptoms were recorded in 76.0% of the police personnel with stress, and physical symptoms in 24.0% of them. Of the variables investigated, only gender was related to stress (P = 0.0337), with the female police personnel being more likely to suffer from stress. CONCLUSIONS: The levels of stress and symptoms do not indicate a critical situation of fatigue. However, it is recommended that the police take preventive actions, including implementing an effective program for the diagnosis of, training on, and control of stress.