OBJETIVO:Determinar a prevalência de comportamentos de risco à saúde e analisar fatores associados à exposição a esses comportamentos em adolescentes do Estado de Santa Catarina, Brasil. MÉTODO: Adolescentes escolares de 240 turmas do ensino médio da rede pública estadual responderam a um questionário para a coleta de informações demográficas (sexo, idade, região de residência e período de estudo), socioeconômicas (trabalho e renda familiar mensal) e de comportamentos de risco à saúde (níveis insuficientes de atividade física, baixo consumo de frutas/verduras, tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, consumo de drogas ilícitas, envolvimento em brigas e não utilizar preservativos regularmente nas relações sexuais). RESULTADOS: Foram considerados válidos os questionários de 5 028 adolescentes (2 984 do sexo feminino e 2 044 do sexo masculino), com idade entre 15 e 19 anos (média = 17,0; desvio padrão = 1,12). Os comportamentos de risco mais prevalentes na amostra foram níveis insuficientes de atividade física (36,5%), baixo consumo de frutas/verduras (46,5%) e não utilizar preservativos regularmente nas relações sexuais (38,3%). Aproximadamente sete em cada 10 adolescentes (64,7%) estavam expostos a dois ou mais comportamentos de risco de forma simultânea. Os seguintes subgrupos de risco foram identificados: adolescentes do sexo masculino, adolescentes de 18 a 19 anos de idade, que residem em área urbana, que estudam no período noturno e que têm maior renda familiar. CONCLUSÕES: A proporção de adolescentes expostos a comportamentos de risco à saúde foi elevada, principalmente ao se considerar a exposição simultânea a diferentes comportamentos. Os resultados encontrados podem contribuir para o desenvolvimento de programas de promoção da saúde no ambiente escolar, direcionados principalmente aos subgrupos de risco.
OBJECTIVE:To determine the prevalence of health risk behaviors and to analyze factors associated with exposure to such behaviors among adolescents in the state of Santa Catarina in the south of Brazil. METHODS: Adolescents attending 240 high school classes at the state's public schools answered a questionnaire that collected demographics (sex, age, area of residence, and day versus night classes), social and economic data (working status and monthly family income), and information on health risk behaviors (insufficient levels of physical activity, low intake of fruits/vegetables, smoking, alcohol abuse, illicit drug use, involvement in physical fights, and irregular use of condoms). RESULTS: The completed questionnaires of 5 028 adolescents (2 984 females and 2 044 males), 15-19 years of age (mean = 17.0; standard deviation = 1.12), were considered valid. The most prevalent health risk behaviors were insufficient levels of physical activity (36.5%), low intake of fruits/vegetables (46.5%), and irregular use of condoms (38.3%). Approximately 7 of 10 adolescents (64.7%) were exposed to two or more risk behaviors simultaneously. The following risk subgroups were identified: male adolescents, adolescents from 18-19 years of age, living in urban areas, studying at night, and having a higher family income. CONCLUSIONS: The percentage of adolescents exposed to health risk behaviors was high, especially when simultaneous exposure to different behaviors was considered. These results can contribute to developing health promotion campaigns for the school setting that are specifically aimed at the risk subgroups identified.