Um dos maiores desafios da sociedade atual é o enfrentamento das adversidades causadas pelos desastres. Os estabelecimentos de saúde, principalmente os hospitais, são considerados essenciais nessas situações. Este trabalho discute os princípios da arquitetura do hospital seguro frente aos desastres, como propõem a Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde. Projetar um hospital seguro exige ações multidisciplinares, com envolvimento de administradores, arquitetos, engenheiros, médicos e enfermeiros. O planejamento de cada hospital pressupõe uma análise de riscos e aspectos de segurança específicos. Também é importante agregar a biossegurança ao conceito de hospital seguro. O equilíbrio entre aspectos arquitetônicos e biossegurança permite a compreensão dos riscos associados ao trabalho, facilitando o dimensionamento de espaços para suportar as ações de resposta frente às emergências. Em suma, a programação de um hospital seguro requer uma síntese de conhecimentos que relacionam diversos saberes, entre eles os da biossegurança e da arquitetura hospitalar. Esses princípios devem embasar as indagações sobre o hospital seguro e o planejamento de projetos arquitetônicos com foco na manutenção das instalações em capacidade máxima mesmo diante de situações adversas.
One of the biggest challenges in todays society is facing adversity caused by disasters. Health facilities, especially hospitals, are considered essential in these situations. This article discusses the principles of architectural design of hospitals safe from disasters, as proposed by the World Health Organization and the Pan American Health Organization. Designing a safe hospital requires multidisciplinary efforts, involving administrators, architects, engineers, physicians, and nurses. The planning of each hospital demands the analysis of specific risks and safety concerns. The concept of biosafety should also be addressed in planning safe hospitals. The balance between architectural aspects and biosafety provides an understanding of work-associated risks, facilitating the adequate planning of spaces to support response actions to emergencies. In short, the planning of a safe hospital requires the synthesis of various types of expertise, including those relating to biosafety and architecture. These principles should support the appraisal of safe hospitals and architectural planning with a focus on preparing facilities to function at full capacity even in the face of adverse situations.