Apresentamos um modelo keynesiano no qual o conceito tradicional de equilíbrio do mercado de trabalho é substituído por um jogo evolucionário. O modelo permite concluir que, ao contrário da análise tradicional, a demanda agregada é crucial para determinar o nível de emprego de médio prazo. Mostramos que, ao alterarem a parametrização da dinâmica evolucionária, a política econômica e o gasto autônomo geram bifurcações, caracterizadas por mudanças no número de equilíbrios e/ou nas propriedades de estabilidade. O desemprego passa a ser compreendido não como resultado de uma rigidez nominal ad hoc, mas sim como uma propriedade emergente da interação entre agentes que buscam a melhor estratégia de barganha salarial em um ambiente de racionalidade limitada.
In this article, we propose a keynesian model in which the traditional labor market equilibrium is replaced by an evolutionary game. In such a model the aggregate demand plays the crucial role in the determination of the medium-run equilibrium, differently from the traditional analysis. We show that economic policy and autonomous spending generate bifurcations, characterized by changes in the number of equilibria and/or in the stability properties. Thus, unemployment is not a result of an ad hoc nominal rigidity, but arises as a spontaneous outcome of an interaction process in which bounded rational agents grope for the best wage bargaining strategy.