A segunda metade da década de 90 é um período caracterizado por um grande aumento dos investimentos (e desinvestimentos) externos no Brasil. Essa mudança estrutural da economia brasileira é a motivação para este estudo, cujo objetivo é analisar o efeito da nacionalidade das empresas sobre o fluxo de empregos industrial. Trata-se de um tema sobre o qual há pouca evidência, mesmo para países desenvolvidos, embora não seja raro considerar as empresas estrangeiras como mais 'voláteis' que as empresas domésticas. Usando dados da RAIS e de outras bases e uma amostra de empresas domésticas e estrangeiras, comparamos várias medidas de fluxos de empregos nos dois tipos de empresas. Os resultados apresentados neste trabalho sugerem não haver diferenças significativas nos fluxos de empregos das empresas domésticas e estrangeiras.
The late 1990s in Brazil are a period characterized by a large increase in foreign direct investment inflows (and outflows). This process motivates the present study about job flows in domestic and foreign firms. Although foreign firms tend to be considered more 'footloose' than domestic firms, there is very little evidence on this difference, even for developed countries. Using data from RAIS, a large matched employer-employee panel, and other data sets and a sample of foreign and domestic firms, we compare different measures of job flows across the two types of firms. We do not find evidence of job flows' differences between domestic and foreign firms.