O presente texto busca refletir sobre a natureza do dinheiro no capitalismo contemporâneo, debruçandose particularmente sobre o fato de que, atualmente, não só no plano nacional, mas também no mundial, o objeto que corporifica o dinheiro é inconversível, ou seja, não tem lastro, nem nenhuma relação, por remota que seja, com uma mercadoria de verdade. O enfoque teórico é aquele oferecido pela teoria de Marx, paradigma esse que é tratado a partir de uma leitura hegeliana. Partimos da diferença entre símbolo e signo, para mostrar de que maneira Marx, movendo-se no arcabouço hegeliano, pôde construir uma linguagem das mercadorias, onde o dinheiro - e a autonomia que ele detém ante as coisas que representa - tem papel de destaque, associando, finalmente, essa construção teórica com a natureza do dinheiro no capitalismo contemporâneo.
This paper aims to reflect about money in contemporary capitalism, particularly about the question related to the fact that, nowadays, even in the world level, the thing that embodies money (the American dollar) is inconvertible, i.e., doesn't have ballast, doesn't have any relationship, even remote, with a true commodity. The theoretical approach is that offered by Marxian monetary theory, paradigm that is read in a Hegelian way. We depart from the difference between symbol and sign to show how Marx, moving within the Hegelian framework, could construct a commodities language, in which money - and the autonomy it has in face of the things it represents - has a detached role. Finally we indicate the relation we see between this theoretical construct and the nature of money in contemporary capitalism.