Este trabalho teve como objetivo geral investigar a percepção dos trabalhadores de serviços de saúde mental do município de Goiânia sobre a reforma psiquiátrica. Foram entrevistados 180 profissionais que trabalham em serviços de saúde mental de Goiânia. Os questionários foram aplicados individualmente no local e horário de trabalho dos profissionais, com tempo médio de trinta minutos para responder. Para a análise dos dados, realizou-se a categorização das respostas abertas, tendo sido encontrada, nos dois tipos de serviços, uma maior ênfase em aspectos técnico-assistenciais, o que reduz a uma prática todos os construtos e embates pertinentes ao campo da reforma psiquiátrica. Os trabalhadores referem-se à política da humanização dos serviços, que apenas provoca a maquilagem da assistência, mas não consegue se aproximar da desinstitucionalização proposta pelo paradigma psicossocial.
This study main goal was to investigate mental health workers' perception about the psychiatric reform in Goiânia (Brazil). The participants were 180 professionals who work at Goiânia's mental health services. The questionnaires were individually applied at the working place, and it took 30 minutes to be answered. To analyze the data, firstly the results were categorized. There has been an emphasis towards the technical and assistance aspects, and it reduces all the constructs and struggles concerned in the psychiatric reform ideals into one practice. According to the workers, mental health services humanization politics only makes the assistance up but does not get close to the non-institutionalization psychosocial paradigm.