Uma das premissas básicas presentes nos discursos de apoio à internacionalização do ensino superior é a sua capacidade de promover o multiculturalismo, desencadeando a construção de curricula mais críticos e reflexivos. Esses novos arranjos curriculares transformariam as escolas no epicentro das transformações sociais, em busca de condições de vida mais igualitária para todos. No entanto, ao invés da promoção da diversidade cultural, tem-se a defesa de uma forma particular de cultura, que busca sua legitimação através da padronização dos curricula , dos programas de curso, dos idiomas e das experiências culturais. Esse quadro marcoestrutural da educação precisa ser intensamente discutido nas instituições de ensino superior. Com base numa leitura crítica de relatórios e artigos em defesa do sistema de internacionalização em curso, procurou-se revelar os interesses privados envolvidos, buscando argumentar a importância das funções política e crítica da educação superior.
One of the basic discourse premises in support of the internationalization of higher education is its ability to promote multiculturalism, helping the construction of more reflexive and critical curricula . These new curricula arrangements would transform schools in the epicentre of social transformations, seeking more egalitarian living conditions for all. However, instead of promoting cultural diversity, the internalization of higher education seems to spread a particular form of culture that seeks its legitimacy through the standardization of curricula , syllabi, language structure and cultural experiences. This macro structural education framework needs to be intensely discussed in higher education institutions. Based on a critical reflection of official reports and articles in defense of higher education internalization, we tried to reveal the private interests involved, in the hope of arguing for the importance of the political and critical objectives of higher education.